15 de jan. de 2007

Seção Pochoclo 2

Espero que tenham curtido a última Seção Pochoclo. E já que terminamos a outra semana com bom humor, que tal começar essa da mesma forma (até porque não tive tempo de trabalhar em um novo post - esta seção que criei é perfeita pra encher linguiça, hehehe)?

Bem, o vídeo de hoje é de um grupo dos anos 80 do tipo dos Menudos, lembram deles? Só que estes são, como diria, meio que graúdos demais pra este tipo de coisa... Vocês hão de notar que os muchachos têm, por baixo, uns 25 anos. Sinceramente: será que eles não sentem nem um pingo de vergonha agora? Com vocês, os Chico Boys (só o nome já causa graça)!!!

12 de jan. de 2007

Seção Pochoclo

Vejam como são as coisas: só porque me propus a atualizar o blog pelo menos uma vez por semana, essa me tocou estar complicada. Sem problema. Para alegrar o fim de semana de vocês, decidi inaugurar a Seção Pochoclo: vídeos interessantes, engraçados ou curiosos de coisas relacionadas à Argentina. E hoje vai ser em dose dupla! Primeiro, tenho que explicar do que se trata. O que vocês vão assistir é um vídeo de um grupo musical, chamado K-lifa (Uma pausa se faz necessária: que me desculpem, Mozart, Elvis, Russo e todos os demais músicos geniais por apresentar estes muchachos como músicos, mas não me sobra outra, fazer o que?). Bem, voltando ao grupo... eles mesmos se definem como um mix latino-reggaeton, ou seja, música descaradamente comercial e descartável. Nem vou comentar do que fala a música, o vídeo é bem claro, quanto a isso. Inclusive, se alguém quiser fazer uma versão em português, vai faturar muito. Basta trocar de bombon para bumbum. Uma curiosidade: um pouco pra não perder a métrica, notem que às vezes não se usa verbo. Outra coisa, isso seria mais uma gíria: “comem” as palavras: para vira pa (como o nosso pra), cortita vira corti. O engraçado é que até hoje eu nunca tinha ouvido falar deles porque, na verdade, a música que tocam no clip ficou conhecida nacionalmente através de um grupo chamado... Los Palmeras! Esses sujeitos tocam cúmbia, que é um ritmo extremamente popular por essas bandas e que me faz preferir escutar funk ou até mesmo axé-music. Por isso, decidi pôr os dois vídeos pra que vocês se divirtam em dobro. De quebra, tem a letra pra acompanhar (sem tradução, porque é fácil de entender)! Ah, em tempo: pochoclo, pra quem não se deu conta, é como chamam pipoca por aqui. Às vezes, também chamam palomitas (pombinhas). Taí, vocês decidem: preferem pochoclo ou palomitas?
Besos a todos!

Bombon asesino

original, com K-lifa

com Los Palmeras, ao vivo

Ella se agita, por las noches mueve la cinturita,
y pa colmo usa pollera cortita
el meneo la levanta todita

Ella bonita, baila mueve se menea se exita
cuando se le va parando solita
ella sigue porque sabe que irrita

Es que ella tiene un bombon asesino
se sabe un bombon bien latino

Es que es un bombon suculento
con ese bombon casamiento

Sabe de bombon y lo mueve
menea el bombon cuando quiere

Parece un bombon insaciable
seguro un bombon masticable
me como el bombon

5 de jan. de 2007

O que passou

Nesses 3 meses de ausência, a lusitana rodou sem parar. Pessoalmente, o que mais gostei foi saber que meus vizinhos, a quem carinhosamente chamávamos Adams, se foram. Não é que não gostássemos deles, eles é que não gostavam muito da gente, penso eu. Vivo numa casa, que aqui chamam chalet, que nos fundos tem outra casa, algo muito comum por essas bandas cheias de famílias italianas, assim os filhos quando casam tem onde começar a vida. Nessa casa vivia a filha da mãe. Digo, antes dos Adams. Bah, isso serve para eles também. Agora, imaginem, não havia muros, obviamente, o quintal era compartido. Nessa situação, o que eles faziam? Usavam nossos pregadores, o tanque de lavar roupa, o cachorro misteriosamente sempre usava nossa metade como banheiro, enfim, uns abusadores. Agora, se foram para Gualeguaychú. Penso que vão se sentir em casa...

Para quem não está ligando uma coisa com a outra, a citada cidade está em pé de guerra com o Uruguai e com o governo argentino por causa de duas fabricas de papel que estão construindo as margens do rio Uruguai. As pessoas que ai vivem têm medo que as águas se contaminem com os resíduos das fabricas, o que me parece uma preocupação legitima, claro. Mas dai a fazer o quilombo, tremenda confusão, que estão fazendo... Eles bloquearam a estrada que liga os dois lados faz meses, literalmente acamparam ai. Agora, querem impedir que as pessoas tomem o Buquebus (uma espécie de ferryboat) que leva gente e carros ao Uruguai. O que eles querem? Que as fabricas sejam instaladas em outro lugar (eu acharia razoável exigir que cumprissem com todas as normas ambientais). Isso me faz pensar: suponho, então, que eles querem continuar usando guardanapos, papel-toalha e papel higiênico, desde que não contaminem o seu quintal, mas contaminar o quintal do vizinho, pode. Os Adams merecem ou não estar ai? Bem, fazer protestos é uma espécie de tradição argentina, vocês devem lembrar das imagens na televisão do que passou em 2001, mas tudo tem um limite. Eu tenho quase certeza que em português existe a palavra piqueteiro para se referir aqueles que usam aumento de salários como pretexto para armar uma baderninha básica. Aqui, é quase uma profissão, há um monte de gente que vive disso, sempre exigindo aumento da grana que o governo originalmente dava como ajuda para as famílias por causa da crise de 2001. Agora, o governo é refém da situação, quer parar de distribuir o dinheiro, mas se fizer isso, não quero nem imaginar o quilombo que vão fazer. Vejam como são as coisas: o argentino tem mania de reclamar de tudo.

4 de jan. de 2007

Em funcionamento

Ano novo, blog novo. Ou quase. Depois de um hiato de quase três meses, aqui estou, como se nada tivesse acontecido. Antes, eu devia ter uns 6 leitores fixos, agora devo ter um inédito numero negativo. Cheguei a pensar em mudar o nome do blog para Vaga-lume Platino, o diário só tinha no nome. A culpa é um pouco minha, bastante por falta de tempo e muitíssimo porque na verdade não sou nenhum Veríssimo, capaz de sentar e começar a escrever assim do nada, ou seja, não sou do ramo. Alias, adoro Veríssimo, apesar de ele ser PT doente (desculpem pelo pleonasmo). O que passa e que muitas vezes as idéias me vêm à cabeça nos lugares e momentos menos apropriados e se não as escrevo no momento, em geral, se perdem. Pensei resolver o problema quando comprei um bloco para escrever no ônibus, que é onde geralmente vou criando homeopaticamente minhas idéias para os textos. Só que travei. Bem, faz uns 10 anos que eu já tinha travado, sendo capaz de escrever apenas esporadicamente. É apenas mais do mesmo.

Por sorte, eu tenho que descobrir o que passa com uma computadora, que dizem congelar quando se usa o editor de textos. Então, eu tinha que provar escrevendo qualquer boludez, um texto idiota que fosse. E de uma vez só, vou introduzindo novos conceitos no blog. O primeiro é que chamei um PC pelo feminino. Acontece que no espanhol tradicional, usa-se ordenador, que aqui na Argentina ninguém usa. Preferem chamar ele de ela, o que para mim faz um tremendo sentido: computadoras só funcionam quando querem, da maneira que querem, o tempo que quiserem. Alem disso, no fundo, no fundo, ninguém os entende realmente, nem mesmo seus criadores. E qualquer um juraria tratar-se de algo racional e lógico, no entanto é quase empírico. Enfim, PCs tem que ser tratados por elas. O segundo conceito é que vou procurar introduzir aqui algumas das palavras que se usam no dia a dia aproveitando a técnica das novelas italianas da Globo: para cada frase, usarei uma palavra em italiano e a seguir sua tradução ou significado parecido em português. Sempre critiquei tanto isso, mas agora acho uma boa idéia. De fato, é. Bem, por agora fico por aqui. Talvez escreva mais algum texto ainda hoje ou essa semana, mas já lhes adianto que toda segunda-feira vai haver texto novo no blog. Nem que seja algum dos meus velhos poemas. Tenho mais de 40, enchem quase um ano inteiro; azar o de vocês. ;-)