15 de mar. de 2007

Sambas e tragédias

Diz-se desde faz muito que países como Brasil e Argentina são o que são por falta de catástrofes. Os Estados Unidos, por exemplo, têm a cada dois por três um furacao, terremoto, Bush pai e filho... A Europa Ocidental não costuma ter tragédias naturais, mas desde sempre sofre com as guerras, a última dizimando grande parte da população, destruindo fábricas importantes, aniquilando construções históricas e agora o euro vale mais que o dólar. O Japão... sobre este, mal poderíamos especular o que seria hoje em dia se tivesse sofrido um ataque atômico massivo. Pra sorte nossa, foram apenas duas bombas. Alguém mais lúcido poderia até dizer que ótimo, pois foram menos bocas a alimentar depois da guerra.

E o Brasil? Com exceção da tragédia do Sarriá e do Maracanazo, que mais sofrimos? Até agora, tivemos apenas uma tentativa pífia no sul do país (os sulistas sempre mostrando o norte para os demais!), com um ciclonizinho extra-tropical. Mas na verdade, nem estou muito preocupado, porque o Rio mais uma vez é vanguarda, neste momento sendo seguido desesperadamente por São Paulo e até mesmo alguns estados do nordeste. Eu tive que sair de lá, porque sou conservador demais, no caso gosto de me conservar inteiro, sem buracos por todo o corpo ou do que restar dele... Se bem que brasileiro sabemos como é, entre uma tragédia e outra precisa fazer uma pausa pra descansar e este ano já tivemos o Carnaval, a maior festa do planeta! Em breve, estaremos orgulhosamente apresentando a maior carnificina do planeta, quiçá da galáxia. Mais uma vez os europeus se curvarão aos brasileiros. Antes, no entanto, que venham os coelhinhos e seus ovos de chocolate, nesse meio tempo continuamos com a rotina de sempre, uma chacina básica diária, pois queimar ônibus dá trabalho e faz calor.

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